Venha comigo, oh, hora tardia!
Dê-me teus abraços, quero voar!
Nem sei que paraísos aureolam
Minha alma sedenta de risos...
Mas sinto a vertigem das alturas
Que o meu ser galga e aspira.
Doce noturno navega dentro em mim!
Que o meu porto confuso
Recebe as naus de outros naufrágios,
Tesouros reclusos... Perdidos
Nas profundidades de qualquer mar!
Ah! Ver estas ondas da minha mansarda
E a lua, dócil, a se debruçar...
Sentir o odor destas horas de sonho
Faz-me temer o desejo de ir e não
Retornar ao que sei...
Ser Lua, Ser Céu, Ser Mar!
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