Uma parte de mim caminha noite afora
Buscando estrelas perdidas na calçada
Bebendo os sonhos do luar
Suspirando sobre corpos perfeitos
A outra está insone na alcova
Pintando meu autorretrato, forma esdrúxula
Numa parede de memórias recém-criadas
Olho da janela os passos que invadem o tempo
E roubo minha própria cena
Lá vou de mãos nos bolsos
Sonhador displicente
Contemplando outro eu numa janela distante
Nenhum comentário:
Postar um comentário