Das almas que fluem...
Há pessoas que tomam o mundo como um lugar-comum e passam a computar todas as informações mecanicamente, sem mais o ardor ou a doçura, sem mais o querer e o encantamento.
Porém, ainda há aqueles que foram de alguma forma despertos, sonham belas formas nos engenhos mais cotidianos e aspiram outras vivências, sem contentar-se com aquilo que nomeiam “normalidade”.
A estes últimos pesará sempre o jugo da busca interminável, da procura por algo indefinível e inefável, que não raras vezes, foge à razão e às vias limitadas do descrever.
Certa agonia aflorará sempre nestes espíritos singulares, que sucumbem à força do encanto. Certas vicissitudes oficiosas sempre farão parte do seu modo de pensar e sentir... Caminharão sempre entre as vias, e jamais verão apenas simples paisagens, pois estarão caminhando entre becos e vielas de almas e pensamentos.
Se algum dia encontrardes em tuas andanças um tipo assim, aparentemente ausente, deliciosamente ensimesmado , não te esqueças de prestar-lhe a homenagem do silêncio!
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