domingo, 21 de outubro de 2012

Soa ao longe sua voz, minha criança
Perturbando as vias já confusas do meu cérebro:
Impacta, grita!...Denuncia o meu temor.
Eu sonho à sombra e espero que feneçam
As horas tortuosas, as lamúrias, as queixas...
Deixe-me ao resguardo da luz, planando
Sobre paisagens imaginárias!
Inda neste dia não me venhas acordar...
Inda nesta atmosfera permita-me ser!
Pois é real todo sonho que nos abriga...
Deixe-me na remissão destes pecados,
Secretos pecados, sem mais condenações.
Que eu ouça risos, passos, notas arfantes,
Tresloucando-se perdidas pelo ar...
Tudo isso, ouço apenas, quando há
O silêncio, hóspede destas bocas...
Eu sonho à sombra, nela deixe-me a sonhar!

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