sábado, 7 de abril de 2012





De que vale cerrar os olhos, ficar muda
Como estátua inerte, diante da imperfeição...
De tantos pontos elegantes desta hora iluminada?
Ante a forma despida que suplanta
Qualquer leviandade nestas palavras
estará, sempre intenso, um desejo,
uma canção de corpos que vivem
do ardor musicado em sussurros...
que se alimentam nos poemas que queimam!

E quando desponta plena e cheia
esta lua, cúmplice eterna, derrama
seus raios de prata aquecendo
ainda mais as hordas amantes
que em seu enleio anelam!
E o que dizes com teus lábios
são os feitiços soprados por ela...
E os corpos em que te deitas
são aquecidos pelos beijos dela...

Ou será, então, esta nossa ânsia 
a iluminá-la com tanto querer?
Ou será ainda que nossos desejos
a plenificam e alimentam?

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