Dou de mim sempre mais do que podem suportar...
Porque quero sem intervalos, sem prudências,
Sem a falsa moral, má condutora de medrosos
Que se abatem sigilosamente sobre suas ânsias.
Falo sempre mais que a boca deveria
E esbarro sempre nas falas insanas,
Aquelas que saltam e se rebelam contra
A própria mente...malcriadas, errantes!
Gosto de prender-me enquanto olho
E de esquecer quando estou buscando
Só para ter o prazer de redescobrir,
De ouvir- à sombra- o novo criar!
Sou irremediável! Sou amante pelo
Simples gosto que tenho de amar!
E trago em meu âmago essa confissão,
Que deixo solta, ao alcance de qualquer alma.
E tendo um deus qualquer escutado minha prece
Sabe bem que isto não é um pedido
De perdão...E sabe ele inda mais que não há o
Que se perdoar àqueles que se perdem de paixão!
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