quinta-feira, 26 de abril de 2012








Escrevemos todos monólogos arcaicos
E os inventariamos... Eis o nosso legado!
Com a mente turva aceitamos invólucros
Que prendem a expressão nas palavras
E quando andamos entre becos e vias
De precária iluminação, cegamos à sombra
Num reconhecimento quase involuntário
Das nossas dúvidas e assombros!

Desesperamos na perda do compasso
E não enxergamos o compasso desanimado
Que nos trouxe até este momento...
Mas o que quero é escrever algo
Que possa morder e sentir cravado em mim
E que me acorde para esta densidade
Todos os dias... Com beijos que marcam...
Que se imiscuem na alma, com força!
Eu quisera dar-lhe vida, minha palavra,
E formas e sonhos, e abraços e tatos...
Eu a queria viva... Mais nada!

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