sábado, 7 de abril de 2012


Por que, afinal, reduzir a intensidade?
Um só motivo para que haja calma...
Por que contentar-se com o sopro,
Se podes tomar os braços do Zéfiro?
E por que meio-tom a pintar
Se és o calor de toda cor?

De que te vale calar no peito
Toda a viva ansiedade que carregas,
Esconder de si para si como se pecásseis
Por trazer o imenso desejo de viver
A corroer-lhe o âmago?...

Onde sepultas teu anseio
Eu faço refulgir meu calor!
E onde procuras teu freio
Está minha natural exaltação!

Eu acordo enquanto dormes
E amo enquanto te esvais...
No teu silêncio há meu grito
E na tua palidez meu sangue...

Eu caminho dentro em mim
Qual tonto, deslumbrado!
Tudo o que é certeza
Não passa de cogitação
E eu adoro especular!

Por que, afinal, reduzir a intensidade?
Não há um só motivo para que haja calma...


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